Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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sábado, 18 de junho de 2016

ÁLCOOL E LUTAS CORPORAIS - TEMA


Dona Zefinha e o marido, seu Mota, discutiam muito e quando isto acontecia, ele saía aborrecido, batendo a porta com força e só voltava horas mais tarde, cheirando a cachaça e todo raivoso...
O abuso do álcool e o alcoolismo estão entre os principais problemas da sociedade. O álcool é também uma droga porque vicia, altera o estado mental da pessoa que o utiliza, levando-a a atos insensatos, muitas vezes violentos, causando problemas e sofrimentos à família e à sociedade.
Em junho de 2008 foi decretada a “Lei seca” no Brasil, que proíbe pessoas que ingeriram qualquer quantidade de bebida alcoólica, dirigir veículos.
Mesmo assim, passados tantos anos, estão cada vez mais constantes as notícias de pessoas embriagadas dirigindo veículos e provocando terríveis acidentes, matando e ferindo pessoas inocentes.
Será que podemos ter idéia do sofrimento e da revolta de alguém que perdeu um ente querido em acidente causado por uma pessoa que tinha ingerido bebida alcoólica?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar.

Um estudo da Associação Brasileira de Psiquiatria revela que o álcool é responsável por mais da metade dos acidentes de trânsito.
Também é muito grande o numero de crimes que acontecem motivados pelo álcool! Quantas crianças vivem angustiadas com medo do pai chegar em casa bêbado e agredir-lhes a mãe e a eles próprios também!
Então, o que vocês acham sobre as bebidas alcoólicas?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar.

O álcool tem sido a causa de um infinito numero de acidentes, agressões, assassinatos e outros muitos sofrimentos.
Vocês já repararam que em grande parte das narrativas sobre tragédias há sempre a presença do álcool ou de drogas? Mas, apesar de tantos e tão terríveis males que acontecem por causa das bebidas alcoólicas, é cada vez maior o numero de adolescentes e até crianças que ingressam nesse caminho perigoso, que pode comprometer-lhes todo o futuro.
E quanto a vocês? Acham que vale a pena experimentar bebidas alcoólicas, só porque alguns colegas o fazem?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar

Procurem lembrar-se sempre dos estragos e dos sofrimentos que o uso de bebidas alcoólicas e as drogas têm causado a milhões de pessoas em todo o mundo.
Mas, mudando um pouco o foco, o que vocês acham da Luta Livre, do Boxe e outros esportes cuja finalidade é machucar o oponente?

O facilitador deve incentivar respostas.

Esse tipo de lutas remete os lutadores e aqueles que os incentivam e assistem aos períodos mais primitivos da humanidade.
O mesmo acontece com pessoas que gostam de brigar; jovens que se juntam em gangues com a finalidade de lutar; outros que, por qualquer motivo, entram em luta corporal.
Quem de vocês já tomou conhecimento de situações dessa natureza?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar.

Quem não possui valores verdadeiros, e aqueles que embotaram a própria sensibilidade, sentem essa necessidade de aparecer, de se mostrar, nem que seja pela exibição do que tem de negativo. A isso se chama involução, ou seja, retrocesso, voltar para trás na própria evolução.
Ora, se o ser humano precisou de tantos milênios de esforços para evoluir, vocês acham que vale a pena jogar tudo isso fora e voltar a viver de uma forma grosseira, bruta, atrasada?

O facilitador deve incentivar respostas.

Há outras infinitas maneiras para alguém aparecer, sem necessidade de retroceder na própria evolução. Esse retrocesso, esse “andar para trás”, vai levando as pessoas a anularem a própria sensibilidade, que é um dos valores mais valiosos do ser humano.

Vamos ver quem de vocês é capaz de apresentar alguma dessas maneiras de aparecer sem necessidade de retroceder, de caminhar para trás, na própria evolução.

O facilitador deve incentivar respostas e socializar.


AS ESTÁTUAS DE PEDRA - CONTO


No livro A Missão Virtual, há um episódio muito interessante que vale a pena contar a vocês.
Trata-se de uma aventura no mundo virtual, vivida por três crianças: Gilberto, Teca e Serginho.
Em certo momento da aventura, caminhando numa região montanhosa, acompanhados por Seu Timón e pelo gorila Migão, eles chegam à entrada de uma caverna encravada nas paredes de um “canyon”. Seu Timón entra, e os outros seguem atrás. Andam um pouco e chegam diante de uma parede com uma porta fechada. Em cima, há uma placa onde se lê: FAÇA UMA BOA AÇÃO E RECEBA UMA GRANDE RECOMPENSA.
Teca coça a ponta do nariz.
– Que esquisito! – exclama. – Se alguém faz uma boa ação para receber uma recompensa...
– Já não é uma boa ação – completa Gilberto.
Seu Timón abre a porta e entram numa sala que mais parece uma loja. Nas paredes há várias prateleiras com objetos ainda dentro das embalagens originais: inúmeros tipos de brinquedos, roupas exóticas, eletrodomésticos, jóias... Os olhos das crianças brilham ao olhá-los. De repente Gilberto exclama:
– Olha aqui, Serginho! ... É aquele acampamento apache que a gente morre de querer...
– O meu patim! – exclama Teca, segurando um belo modelo de patim nas mãos. – Eu sempre quis ter um desses.
Seu Timón observa uma pequena bolsa com uma plaquinha onde está escrito: “Bolsa mágica. Contém sete moedas de ouro. Sempre que seu dono tirar uma, surge outra igual em seu lugar”.
– Arre!!!... Quer dizer que o dono desta bolsa pode ser a pessoa mais rica do mundo – diz seu Timón para si mesmo. – É só ir tirando moedas de ouro...
Até Migão apanha um brinquedo, um boneco com cara engraçada. Nesse momento, abre-se uma porta nos fundos da sala. Os cinco olham desconfiados.
– Se a porta está aberta, acho que é para a gente passar – diz seu Timón, passando para o outro lado.
As crianças largam os brinquedos nas prateleiras e o seguem, desembocando numa gruta cheia de estátuas assustadoras. Parecem pessoas petrificadas: homens, mulheres e crianças. Teca se aproxima para olhá-las mais de perto, dá um grito e corre a abraçar-se com Gilberto, exclamando:
– Essas estátuas parecem gente!
Mas os sustos não ficam por aí. No fundo da gruta, sentado num grande trono de ouro todo cravejado de pedras preciosas, está um homem vestido como um rei, mas com ar muito triste. Tem os pulsos algemados ao trono. Ao ver os visitantes, por seus olhos passa um reflexo de esperança.
– Sejam bem-vindos – diz com entonação ansiosa. – Eu sou o rei destas montanhas.
As crianças olham-se, assustadas. Seu Timón apresenta um ar enigmático.
– Aproximem-se por favor – continua. – Não tenham medo... Não estão vendo que estou algemado?
 As crianças e seu Timón aproximam-se, e Migão vai até o trono examinar tudo com sua natural curiosidade. O Rei continua, com tristeza na voz:
– Antigamente, todos os dias eu cavalgava ao amanhecer, despertando a natureza... Tudo tinha vida e beleza. As encostas eram cheias de mata, pequenos riachos e magníficas cascatas. Havia muitos animais silvestres, muitos pássaros... tudo era alegria.
As crianças estão impressionadas. Teca, penalizada, pergunta:
– O que aconteceu?
– O gênio do mal conseguiu me prender aqui. Não posso mais acordar a natureza ao alvorecer. Vocês devem ter visto que lá fora está tudo morto.
– E não se pode fazer nada? Ninguém pode soltar o senhor? – pergunta Serginho.
– Pode sim. Qualquer pessoa pode. Se quiserem, vocês mesmo podem me libertar.
O Rei faz pequena pausa e conclui com indisfarçável ansiedade na voz.
– E podem pedir qualquer coisa como recompensa.
Os olhos de Serginho brilham, ao perguntar:
– Podemos pedir o acampamento apache”?
– Podem sim. Qualquer coisa... até mesmo aquela bolsa mágica.
– Bolsa mágica? – pergunta Teca, muito curiosa.
– É uma bolsa com sete moedas de ouro – explica o Rei. – Quando seu dono tirar uma, aparece outra no lugar.
As crianças, maravilhadas, retornam correndo à sala dos brinquedos. O rei espera, com expressão terrivelmente ansiosa, pensando: “Será que eles vão cair na armadilha?”
Na sala dos brinquedos, as crianças continuam olhando tudo para melhor poderem escolher as recompensas. Mas não estão mais tão entusiasmadas quanto antes. Gilberto externa o pensamento dos três:
– Vocês acham certo a gente pedir recompensa por uma boa ação?
Olham umas para as outras em silêncio, e suas expressões alegres vão murchando. Sem dizer palavra devolvem os brinquedos às prateleiras. Gilberto tira o boneco das mãos de Migão, dizendo com carinho, mas firmeza:
– Migão, desta vez não vai dar.
 Seu Timón sorri sob o bigode grisalho, acompanhando as crianças de volta à gruta das estátuas. Gilberto, como porta-voz do grupo, dirige-se ao Rei.
– Desculpe, seu Rei, mas nós não queremos recompensa. Basta o senhor dizer o que é preciso fazer.
Mal acaba de falar, as algemas abrem-se misteriosamente. O Rei levanta as mãos olhando para elas, quase sem acreditar em tamanha ventura. Quando se convence de que está livre, uma expressão de indizível felicidade vai se espalhando por seu rosto. Volta os olhos para o alto numa expressão de gratidão, enquanto duas grossas lágrimas rolam dos seus olhos.
– Até que enfim!!!... Até que enfim, meu Deus!! – exclama. – Eu estou livre... livre!
As crianças estão mais do que espantadas, e seu Timón sorri abertamente. O Rei levanta-se e desce daquele trono-prisão, movimentando os braços para fazer retornar a circulação. Aproxima-se das crianças, ajoelha-se diante delas dizendo, com lágrimas nos olhos e na voz:
– Obrigado. Muito obrigado. Vocês salvaram mais do que a minha vida. Vocês me deram a liberdade.
– Mas nós não fizemos nada! – exclamam os três ao mesmo tempo.
O Rei, profundamente emocionado, explica com a voz embargada pelos soluços que procura conter:
– Para eu ficar livre, era preciso aparecer alguém grande o bastante para não aceitar recompensa pela boa ação.
Serginho, sem entender bem o sentido daquelas palavras, replica:
– Mas nós não somos grandes... somos crianças.
Seu Timón não consegue conter o riso, que soa estranhamente naquela cena repleta de emoção. O Rei olha para ele, levanta-se e vai abraçá-lo, exclamando:
– Como são inocentes essas crianças! Tão dignas e tão nobres...
 Apontando o dedo para as estátuas, continua:
– Estão vendo? Todas elas são pessoas que aceitaram recompensa para me libertar e foram transformadas em pedra.
Um frêmito de horror perpassa pelo grupo. As crianças, assustadíssimas, ficam algum tempo olhando para aquelas pessoas transformadas em pedra, pensando que naquele momento elas próprias poderiam estar assim. Só seu Timón permanece sorridente, como se já conhecesse aquele enredo. Finalmente, Gilberto, recuperando-se um pouco do susto, pergunta:
– Quer dizer que, se a gente tivesse aceitado recompensa para libertar o senhor... agora...
– Agora vocês estariam ali, transformados em pedra – completa o Rei.

O facilitador deve socializar a conversa, lembrando que essa história é imaginária, mas mostra como agem pessoas de bom caráter e com boa formação moral. São pessoas que respeitam a si mesmas.

Agora vamos fazer um exercício de relaxamento com visualizações.
Vamos, então, fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes para relaxar... (dez segundos)
Vamos imaginar que estamos numa praia deserta, à beira-mar... (cinco segundos)
As ondas vêm quebrando suavemente na areia, molhando nossos pés... (cinco segundos)
Inspiremos calma e profundamente, procurando sentir a energia do mar entrando em nossos pulmões e espalhando-se pelo nosso corpo... (cinco segundos)
À nossa frente temos a imensidão do mar, e acima de nós o céu muito azul... (três segundos)
Vamos aproveitar este contato com a natureza, este momento de calma, para elevar nosso pensamento a Deus. Eu vou fazer uma prece e vocês acompanham, só no pensamento:
“Pai nosso que estás em todo o universo, ajuda-nos a santificar o teu nome através dos nossos pensamentos, palavras, sentimentos e ações. Venha a nós o teu reino. Seja feita a tua vontade, aqui e em toda parte. O pão de cada dia dá-nos hoje e todo dia. Perdoa nossas faltas, assim como perdoamos nossos ofensores. Não nos deixes cair nas tentações, e livra-nos de todo o mal. Assim seja.”


AMAR E PERDOAR - CONTO


Vocês se lembram da história da Mariazinha e do seu sonho sobre o planeta Hipotálus? Lembram que os cientistas de lá haviam concluído que não existia Deus, ou seja, um ser superior responsável pelas leis universais e pelo comando do universo? Com isso, o acaso tomou conta de tudo, e a confusão foi tamanha que o planeta acabou explodindo.
Pois bem, depois que Hipotálus explodiu, Mariazinha sentiu-se espalhada ao longo da órbita daquele planeta. Foi aí que ela apelou para Deus, o Ser Supremo, recebendo a ajuda de que precisava.

Mariazinha tinha ficado muito impressionada com aquele sonho e resolveu saber mais sobre a questão da religiosidade, da fé. Foi então procurar na biblioteca do pai alguns livros sobre Deus e achou a Bíblia. Folheou daqui e dali e sentiu-se interessada pela história de Jesus.
Mariazinha gostava muito de ler, porque sentia como se estivesse participando das histórias que lia. Assim, lendo a história de Jesus, era como se ela estivesse lá, percorrendo os caminhos da Galiléia com ele e seus discípulos, andando à beira do mar, ou sentada a seus pés quando ele subia ao alto do monte para falar à multidão de pessoas que acorriam para escutá-lo.
Era confortador ouvir Jesus quando ele dizia que Deus é como um pai que acode seus filhos na hora da aflição. Mas achou meio estranho quando ele disse que o maior dos mandamentos é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
– É aí que mora a dificuldade, pensou Mariazinha. – Se temos de amar o próximo, ou seja, todas as pessoas... então precisamos amar também a nossos inimigos.
Preocupada, foi procurar o pai, seu Geraldo, a quem explicou suas dúvidas e perguntou:
– Acha que é possível olhar para um inimigo e sentir amor por ele?
– Bem, minha filha – respondeu-lhe o pai – acredito que Jesus não quis dizer exatamente amar um inimigo, porque isto é impossível, é contrário à nossa natureza humana. Quando pensamos num amigo, nosso coração se abre, feliz, com essa lembrança, mas, quando pensamos num inimigo, nosso coração não pode se abrir assim, porque se trata de alguém em quem não podemos confiar. Eu acredito que Jesus quis dizer que não devemos odiar nossos inimigos, mas sim perdoá-los e desejar-lhes o melhor.
– Quer dizer que não devemos desejar o mal para nossos inimigos?
Seu Geraldo pensou por instantes e disse:
– Sabia que todos os ensinamentos de Jesus têm fundo científico?
– Como assim, papai? – perguntou Mariazinha, curiosa.
– Veja só que interessante. Pesquisas científicas vêm comprovando que sentir ódio e rancor faz mal à saúde, mas que o perdão e o amor fazem muito bem ao nosso organismo; fortalecem o sistema imunológico.
Mariazinha saiu pensativa. Estava começando a achar muito interessantes todas essas questões.
Procurou um livro que falasse sobre o perdão e, ao abri-lo, foi logo lendo: “Há dois mil anos o que regia os comportamentos das pessoas era o “olho por olho, dente por dente”, ou seja, o mal que alguém fizesse lhe era cobrado na mesma medida e da mesma forma.
Isto muitas vezes criava uma espécie de circulo vicioso da vingança. Digamos que alguém da família “A” dava uma surra em alguém da família “B”. A família “B”, então, tratava de revidar dando uma surra em alguém da família “A” e assim por diante. Ninguém levava desaforo para casa e todos achavam que perdoar uma ofensa era sinal de covardia.
Imagine como seria se nesse cenário aparecesse alguém a pregar a necessidade de se amar o próximo e perdoar todas as ofensas!
Pois foi isso que aconteceu quando chegou Jesus. Ele fazia muitos milagres, e sempre havia uma multidão de pessoas em torno dele, por onde andasse. A sua pregação era toda voltada para a necessidade do perdão, da humildade e do amor. E foi essa pregação que começou a mostrar ao ser humano o quanto são importantes esses valores na vida das pessoas e das comunidades. A partir de então, o mundo cristão começou lentamente a mudar, e hoje já existem milhões de pessoas que se esforçam para seguir aqueles ensinamentos, procurando amar as pessoas, perdoar as ofensas e livrar-se dos piores valores negativos que existem: o egoísmo, a ambição e o orgulho.”
– Que interessante, pensou Mariazinha. As pessoas deveriam conhecer melhor essa questão do perdão. O mundo seria bem melhor...

E quanto a nós? Quem de nós já consegue perdoar?
O facilitador deve incentivar respostas.

Somente o perdão consegue quebrar o círculo vicioso da vingança de que falava o livro que Mariazinha estava lendo. Só o perdão consegue dar paz.
Pensem como fica o interior de uma pessoa que está com ódio. É como se esse sentimento fervesse dentro dela, tirando-lhe até mesmo a alegria de viver.
E o pior é que isto também faz mal à saúde, como tem sido comprovado por pesquisas científicas.
Com a raiva fervendo dentro de nós, até mesmo os nossos relacionamentos podem ser prejudicados.
Já o ato de perdoar fortalece o sistema imunológico, o que é muito importante para se ter boa saúde. Além disso, alivia nosso coração, abrindo caminhos para a alegria.

E quanto a nós? Será que sentimos ódio por alguém?
Pois bem, sentindo ódio ou não, vamos fazer um exercício do perdão.
Fechemos os olhos e respiremos fundo algumas vezes para relaxar. (dez segundos)
Pensemos em algum animal ou mesmo em alguma coisa da qual gostamos muito... (cinco segundos)
Sintamos como é boa a sensação de gostar, de querer bem. (cinco segundos)
Agora pensemos numa pessoa a quem amamos muito. (cinco segundos)
Sintamos como é boa a sensação de amar alguém e de saber que também somos amados. (cinco segundos)
Agora que estamos com nossos corações cheios de amor, pensemos em alguma pessoa da qual guardamos alguma mágoa ou da qual não gostamos... (cinco segundos)
Imaginemos que estamos vendo essa pessoa aqui na nossa frente e vamos dizer-lhe, só no pensamento, mas de todo coração: “Eu perdoo você e lhe desejo tudo de bom”. (Vinte segundos)
Vamos agora abrir os olhos, e vocês vão me falar sobre essa experiência.

Quem conseguiu sentir que perdoa de coração?
O facilitador deve incentivar respostas e socializar o tema.

Muito bem, podemos abrir os olhos, mas procuremos continuar sentindo esses sentimentos tão maravilhosos que são o amor e o perdão.


A LEI MORAL DENTRO DE MIM - CONTO


Immanuel Kant foi um filósofo alemão que viveu no século XVIII, há muito, muito tempo. Certa vez ele disse assim: “Duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim”.
Que vocês acham disso? Não é bonita essa admiração que ele sentia pelo céu estrelado e pela lei moral que se encontrava dentro dele?

Alguém sabe o que ele quis dizer com a idéia de a lei moral encontrar-se dentro dele?
O facilitador deve incentivar respostas.

Kant entendia que todas as pessoas sabem o que é certo e errado, não porque aprenderam, mas porque a lei moral é algo que faz parte da própria razão do ser humano. Ela está em nossa consciência.
O importante, então, é sempre agirmos de forma a nunca fazermos o mal a quem quer que seja, nem a nós mesmos.
É verdade que muitas vezes não sabemos se estamos agindo certo ou errado. Mas para esses casos há uma regra básica: só fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem. Essa regra está na base de todas as grandes religiões.
Quem não age de acordo com essa regra está violentando a própria consciência.
E, quanto às pessoas que fazem o mal, que roubam, violentam, matam... será que elas não têm consciência?
O que vocês acham?
O facilitador deve incentivar respostas.

Todo ser humano tem consciência, porém muitos a escondem embaixo de toneladas de ganância, de ódio, de desejos de poder...
Muita gente faz coisas erradas sem se preocupar com a consciência, mas um dia, quando menos esperam, ela começa a cobrar.
O caso do Deodato foi dessa natureza. Ele havia assassinado o dono de um armazém para roubar sem que a polícia descobrisse. Depois de algum tempo, conheceu uma jovem, apaixonou-se e casou-se com ela. Teve três filhos. A vida para ele estava ótima, mas a consciência começou a cobrar. Passou a ter pesadelos com o homem que havia matado, e a situação foi se complicando tanto que ele sentiu que acabaria enlouquecendo.
Que fez então?
Contou tudo à esposa, procurou a polícia e se entregou, confessou o crime. Pegou muitos anos de cadeia, mas, como tinha uma conduta exemplar, acabou solto antes do esperado, ficou em liberdade condicional. Pois bem, a primeira coisa que Deodato fez foi procurar a família do homem que havia assassinado. A viúva tinha vendido o armazém, pois não sabia lidar com ele, e o dinheiro da venda já estava no fim. Ela e os filhos iam passar muitas necessidades. Deodato passou, então, a ajudar a família do homem que havia assassinado. Custeou os estudos das crianças; passou a fazer as compras de supermercado para a viúva e assim, depois de muitos anos de lutas para manter as duas famílias, a dele e a da sua vítima, finalmente, quando todos já estavam bem encaminhados na vida, Deodato se deu por satisfeito. Chamou a esposa e disse: “Agora já posso dormir em paz. Minha consciência me deixou tranquilo”.
O que vocês acham dessa atitude do Deodato?
O facilitador deve incentivar respostas e socializar o tema.

Há uma lei universal conhecida como lei de causa e efeito. Todo efeito sempre tem uma causa.
Baseados nessa lei, os grandes mestres da humanidade e os fundadores das grandes religiões da Terra ensinaram aquela regra de que já falamos: “Só fazer aos outros o que quisermos que os outros nos façam”.
Vejam só que coisa mais simples, não é?
Quando a humanidade obedecer a essa lei tão simples, não haverá miséria, nem tanta coisa ruim que a gente vê todos os dias acontecendo por aí.
Mas, quando pensamos em só fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem, é necessário imaginarmos que estamos no lugar deles.
Digamos que você gosta de fazer pouco caso do seu coleguinha, porque ele é muito pobre, não tem um celular e nunca jogou “video game”.
Então, antes de fazer pouco caso dele, imagine que o pobre é você; que seu pai foi embora e sua mãe trabalha muito para sustentar a família; que o dinheiro é tão pouco que só dá, mal e mal, para comprar comida e pagar o aluguel da casinha onde você mora.
Pense nas muitas dificuldades que precisa enfrentar para poder estudar e que, logo, logo, vai ter que trabalhar vendendo bombom nas ruas para ajudar a mãe...
Assim, se você se colocar no lugar do outro, vai procurar ajudá-lo, em vez de criticá-lo ou maltratá-lo, não é verdade?

Vamos fazer um exercício?
Vamos, então, fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes para relaxar. (dez segundos)
Agora cada um vai pensar numa pessoa de quem faz pouco caso. (dez segundos)
Agora vai pensar como seria se estivesse no lugar dessa pessoa. (trinta segundos)

O facilitador deve socializar o tema, perguntando a cada um o que sentiu ao se colocar no lugar da pessoa da qual faz pouco caso.

E por falar em causa e efeito, aí vai uma pergunta importante: por que vêm acontecendo tantas catástrofes como se tem visto nos últimos anos, tais como enchentes devastadoras, furacões, etc.?
A resposta é simples. Trata-se do retorno dos atos do próprio ser humano. Movido pela ambição, vem ele poluindo o ar com a fumaça das queimadas, das fábricas, dos veículos motorizados, etc. gerando o efeito estufa, e esse efeito vem mudando o clima na Terra, provocando catástrofes.
Outra pergunta: por que a água potável em nosso planeta está começando a escassear?
Também é por culpa do próprio ser humano, que vem devastando as florestas, não respeitando nem mesmo as nascentes de água e as margens dos rios. Além disso, polui os rios e até mesmo o próprio mar, provocando a diminuição das populações de peixes, que lhe dão alimento.
Como se não fosse o bastante, o ser humano vai deixando seu lixo por onde passa. Sacos plásticos que são largados nas praias ou atirados nos rios vão para o mar, onde são confundidos com alimento e engolidos por tartarugas marinhas e outros animais, que chegam a morrer por causa disso.
Como podemos perceber, é muito importante só largarmos o lixo onde venha a ser devidamente recolhido e, sempre que possível, apoiar e incentivar a coleta seletiva, mediante a qual grande parte desses resíduos que tanto danificam a natureza possa ser devidamente aproveitada.
Se queremos um mundo melhor, precisamos nos esforçar, fazendo o que for possível.
Vamos agora fazer uma relação de ações que podem ser praticadas por qualquer pessoa, adulta ou criança, para proteger a natureza.

O facilitador deve socializar a conversa, incentivando os presentes a citarem tais ações e atitudes.

Vamos agora fechar os olhos e respirar algumas vezes, calma e profundamente, para relaxar. (dez segundos)
Continuem com os olhos fechados até eu dizer que podem abri-los. Assim, vocês poderão concentrar-se melhor.
Cada um de vocês vai pensar agora em si mesmo com muito carinho... (três segundos)
Imagine seu corpo todo envolvido numa luz branda, cheia de paz... (cinco segundos)
Eu vou fazer uma prece, e vocês vão acompanhar, só no pensamento:
“Senhor da Vida, criador de tudo que há, pedimos que envolva o nosso planeta Terra em vibrações de amor e de paz. Abençoa a natureza... na água, na terra e no ar. Abençoa o ser humano, ajudando todas as pessoas a se tornarem mais fraternas, mais pacíficas e mais justas. Ampara aqueles que estão sofrendo e dá-lhes esperança e confiança. Abençoa a todos nós que aqui nos encontramos e também as nossas famílias. Finalmente agradecemos por tudo, porque tudo em nossas vidas representa lições para a nossa evolução. Assim seja.”


INFLUÊNCIAS - TEMA


Quem de vocês sabe explicar o que é influência?
O facilitador deve incentivar respostas.

Vamos ver um exemplo.
São Francisco foi uma pessoa que sempre gerou uma influência boa, por causa do que dizia e principalmente pelas suas ações.
Ele era um homem muito bom que irradiava alegria e amor. Amava a tudo, da mesma forma como uma fonte oferece suas águas para todos, sem exceção.
Então, as pessoas que conviveram com ele foram influenciadas para o bem, para a alegria e para o amor.
Já um exemplo de má influência nós podemos ver em Hitler, que promoveu a Segunda Guerra Mundial, na qual morreram milhões de pessoas.
Hitler usou de todos os recursos possíveis para influenciar os alemães a aceitarem a guerra. Ele fazia discursos inflamados e sabia como usar as palavras que mais tocassem o patriotismo das pessoas. Até mesmo as músicas que eram tocadas antes e depois dos seus discursos eram elaboradas de tal forma a incentivar as pessoas para a guerra.
Hitler foi uma influência para o mal, enquanto São Francisco foi uma influência para o bem.
As pessoas que produzem filmes e novelas, que criam jogos ou escrevem livros, detêm uma responsabilidade muito maior perante a vida por causa do tipo de influência que podem exercer.
Vejamos um caso de boa influência.
Em 1912 a escritora americana Eleanor Porter lançou a novela intitulada “Polyana”. A repercussão dessa novela no mundo inteiro foi uma impressionante onda de esperança, de entusiasmo e de otimismo.
Essa novela conta a estória de Polyana, uma menina órfã de mãe, que pede para ganhar uma boneca no Natal, mas, no pacote do presente, em vez da boneca, há um par de muletas.
A decepção de Polyana é muito grande, e, quando ela começa a chorar, o pai, muito sábio, a consola dizendo que ela deve ficar contente.
– Contente por quê? – pergunta Polyana. – Eu pedi uma boneca e ganho um par de muletas.
O pai, então, lhe diz:
– Pois fique contente por não precisar das muletas.
A partir daí, Polyana passa a jogar o que ela chama de “o jogo do contente”.
Assim, quando o pai morre e Polyana é entregue aos cuidados de uma tia amarga, carrancuda e exigente, em vez de ficar sofrendo com as maldades que a tia lhe apronta, ela encontra em tudo um motivo para ser feliz.
O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.
Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.
Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.
Mais tarde, ela acaba conquistando para o jogo do contente a empregada e a própria tia, que se tornou uma pessoa bem melhor, de alto astral.

Pois é... Isso aconteceu no começo do século XX e, hoje, a ciência já demonstra que o contentamento é muito bom para a saúde, porque melhora muito o sistema imunológico das pessoas, ajudando-as a não adoecerem.
O contentamento também é bom porque nos deixa de alto astral, e todo mundo gosta de gente assim.
Mas há situações nas quais é necessário reclamar e fazer o possível para mudar as coisas, mas isso é diferente.
Vejamos quem de vocês dá um exemplo de uma situação na qual se deve reclamar.
O facilitador deve incentivar respostas.

Essa questão da reclamação tem dois lados, um bom e outro ruim.
O lado bom surge quando usamos a reclamação para uma causa útil. Digamos que a rua em que moramos está cheia de buracos e falta saneamento. Então, juntamos algumas pessoas e vamos até a prefeitura reclamar, pedir soluções...
Esse é o lado bom da reclamação, quando o fazemos por um motivo justo e buscamos soluções para algum problema.
Já o lado ruim das reclamações surge quando as pessoas as fazem por fazer, sem uma finalidade útil.
Há gente que reclama porque está chovendo, mas também reclama quando faz sol. São pessoas que nunca estão satisfeitas.
Muito melhor que reclamar é fazer alguma coisa para mudar o que acha que está ruim. Se se tratar de coisas que não podem ser mudadas, ou que não temos condições de mudar, então, vamos fazer “o jogo do contente”... É bem melhor.
Digamos que o passeio que tínhamos planejado para o final da semana não deu certo, por causa da chuva. Em vez de estarmos maldizendo a chuva, vamos ficar contentes por estarmos em nossa casa, abrigados da chuva. Também podemos aproveitar para ler um bom livro, conversar com a família, desenhar, ou mesmo assistir a um bom filme.
Dessa forma, com o “jogo do contente”, sempre vamos encontrar razões para não reclamar e para estar contentes.
Então, o que acham? Que tipo de influência essa escritora gerou com a novela “Polyana”?
O facilitador deve incentivar respostas.

É importante observar que nessa questão da influência, nós somos duplamente responsáveis.
Em primeiro lugar devemos observar o que nos vem de fora, ou seja, o que ouvimos, o que vemos e o que lemos, porque somos responsáveis pela acolhida que dermos ao que é ruim, a tudo que seja contrário às leis cósmicas, ou leis de Deus.
Vamos ver quem de vocês se lembra de algumas dessas leis.
O facilitador deve incentivar respostas e ajudar a elencar essas leis, lembrando que a mais importante de todas é a do amor.

Então, cabe a nós só acolhermos aquilo que a lei de Deus nos informa que é bom.
Mas nós também somos responsáveis pela influência que exercemos junto aos outros. Da mesma forma como os outros podem nos influenciar, também nós podemos influenciar os outros. Então é aí que também entra a nossa responsabilidade, ou seja, é importante que a nossa influência seja boa; que os conselhos que possamos dar a alguém sejam conselhos baseados na fraternidade, na honestidade, na paz e no que é justo.
Do mesmo modo, é importante que os exemplos que passamos aos outros sejam exemplos bons.
Vamos ver quem sabe quais seriam esses bons exemplos que podemos passar aos outros.

O facilitador deve incentivar respostas e socializar a conversa, lembrando que os bons exemplos que podemos dar aos outros são os da honestidade, da não violência, do respeito, da fraternidade, da boa educação, da verdade, etc.

Vamos agora fazer um exercício de relaxamento com visualizações.
Vamos fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes para nos harmonizarmos... (vinte segundos)
Vamos imaginar que estamos no topo de uma alta montanha, na hora do amanhecer.
Ao longe, no horizonte, o Sol começa a surgir com todo o seu esplendor, iluminando vales e montanhas, despertando a vida... (cinco segundos)
Cada um vai agora imaginar os raios luminosos do Sol nascente, iluminando seu peito... (três segundos), penetrando em seu coração... (três segundos), retirando do seu coração todo sentimento negativo... (três segundos), retirando a raiva... (três segundos), retirando as mágoas (três segundos), retirando as tristezas (três segundos), retirando as preocupações... (três segundos)
Sinta como o seu coração ficou leve... iluminado... feliz... (três segundos)
Imagine agora que os raios desse Sol nascente iluminam sua cabeça, limpando sua mente... (três segundos)
Sinta sua mente toda iluminada com a luz do bem, da verdade, da paz... (cinco segundos)

Vamos abrir tranquilamente os olhos e deixar que essa sensação tão boa permaneça em nossas mentes e em nossos corações.


DISSERAM QUE DEUS NÃO EXISTE - CONTO


Numa tarde chuvosa Mariazinha matutava sobre o que alguns cientistas haviam dito a respeito de Deus. Eles disseram que haviam descoberto que Deus não existe e que a vida e o universo são o resultado do acaso.
Sem perceber, adormeceu e sonhou que estava numa época muito anterior à pré-história, tempo perdido nos confins do tempo, num planeta chamado Hipotálus. Ali, a civilização era muito adiantada em todos os sentidos. Havia verdadeira fraternidade, honestidade, respeito e paz. Não existiam pobres nem ricos, e todos viviam de acordo com o que produziam, mediante o próprio esforço e capacidade.
Mas, num Congresso de Ciências da Evolução, que reuniu os mais ilustres cientistas da época, foi apresentada uma tese que dizia não ser Deus o criador de tudo, mas sim que tudo era obra do acaso.
Os jornais noticiaram essa tese com grande estardalhaço, os canais de TV abriram espaço para os cientistas falarem da sua descoberta, e em Hipotálus só se falava nesse assunto.
Aí, tudo começou a acontecer, porque o pensamento daquela gente em torno do “acaso” foi tão forte que este conseguiu dominar o quintal da casa do Dr. Alcott, o cientista que havia lançado essa tese no Congresso.
Nesse quintal o doutor, que gostava de cuidar da terra, havia plantado alguns pés de alface, pimentão e rabanete.
O Acaso, querendo saber seu próprio significado, procurou um dicionário no qual se dizia que “acaso é alguma coisa que surge ou acontece a esmo, sem qualquer motivo ou explicação aparente”.
– Puxa! Isto é muito confuso – reclamou. – Como é que eu vou trabalhar aqui, no quintal do Dr. Alcott, se não sei o que fazer?
 Mas, bastou a sua presença ali para desmantelar as leis naturais e o pé de alface começou a crescer ao acaso, derivando para outras condições e estados, e acabou transformando-se num gigantesco lago de água doce e salgada. O pimentão cresceu até alcançar a altura de 1.650 metros. Assustou-se com uma nuvem que passava e encolheu-se tanto que acabou do tamanho de uma laranja, mas seu peso era de 63 toneladas. Esse peso, num volume tão pequeno, começou a afundar e, pelo orifício formado, começou a subir fumaça tão quente que modificou a temperatura da região.
O pé de rabanete virou milho de pipoca e cresceu tanto que a copa alcançou a ionosfera e produziu milhões de espigas, cujos grãos gigantescos caíam sobre a terra. A temperatura elevada, porém, assava os grãos, fazendo-os explodirem.
O Acaso preocupou-se. Que fazer? Haviam colocado responsabilidades vitais em suas inexistentes mãos. Correu à Biblioteca Pública, decidido a procurar nos livros alguma lei natural que pudesse voltar a organizar tudo novamente, freando aquele terrível caos provocado por ele, mas o primeiro livro que tocou desfez-se, pois as moléculas que o formavam dispersaram-se, já que tinha sido quebrada a lei natural que as mantinha coesas.
Era uma situação absolutamente nova e inesperada. O pobre do Acaso não tinha a menor ideia de como solucionar tantos e tão graves problemas. Ele se acostumara a marcar sua presença dentro da vida, numa organização perfeita, regida pelas leis universais, mas agora não conseguia mais identificar-se, nem situar-se na nova posição.
Resolveu, então, apelar para Deus. Talvez Deus pudesse ouvi-lo e recolocar as coisas em seus devidos lugares. Ajoelhou-se e tentou a prece, mas seu pensamento, ao sabor do acaso, não conseguia dizer o que deveria. Desistiu.
Os governantes também decidiram apelar para Deus, como sempre haviam feito nos momentos de aflição. Convocaram os canais de televisão e as emissoras de rádio para uma cadeia mundial de oração, mas, como os eventos em Hipotálus já eram todos determinados pelo Acaso, este não se fez presente para comandar os equipamentos e eles não funcionaram. O rádio ficou mudo e a TV sem imagem e sem som.
No auge da aflição, o alto comando do planeta enviou mensageiros a todos os governos, ordenando a convocação geral da população para atos de fé, mas os aviões não decolaram, os automóveis não funcionaram, os aparelhos de fax estavam parados e, nos telefones, não havia nem mesmo o sinal de ocupado.
Enquanto isso, o elefante do jardim zoológico, desgovernado pelo Acaso, cresceu tanto que sua cabeça alcançou uma altura de 12.000 metros e a tromba deu uma volta no planeta. Ao respirar, causava terríveis tempestades e cada passada sua gerava terremotos. Em duas horas bebeu toda a água potável de Hipotálus, secando rios, fontes e lagos.
Os mais fracos já morriam de sede, enquanto os mais fortes agonizavam.
As pipocas gigantes continuavam caindo e explodindo. O sofrimento de todos os reinos da natureza era terrível, até que duas pipocas gigantes caíram numa mina de urânio, gerando uma reação em cadeia e… Hipotálus explodiu, desintegrando-se.
O Acaso, apavorado com seus atos, ficou tão traumatizado que levaria muitos milhões de anos para se recompor.
Com a explosão, Mariazinha sentiu-se espalhada pelo espaço, distribuída ao longo da órbita daquele planeta. Chorou amargamente e orou desesperadamente, pedindo ajuda, e logo percebeu que se formava uma leve corrente de emoções ao longo da órbita do extinto Hipotálus. Aos poucos, os fragmentos de ideias, sensações e sentimentos iam-se reagrupando e tomando forma, movimentados e atraídos por uma força identificada como sendo o amor.
Percebeu que essa força poderosa e inteligente era do Ser Supremo, Criador de todas as coisas, e sentiu-se consolada e acalentada.
Custou a Mariazinha perceber que já estava acordada e que tudo não passara de um sonho, mas, a partir de então, quando ouve alguém dizer que Deus não existe e que tudo é obra do acaso, ela faz um ar misterioso, sorri e fica calada. Acha que não vale a pena discutir opiniões.

O que vocês pensam a respeito de Deus?
O facilitador deve incentivar respostas e socializar o tema; falar da perfeição e inteligência que a tudo rege e que não é obra do ser humano, nem mero acaso; que é uma inteligência tão fabulosa que nem conseguimos entendê-la e que a essa inteligência suprema, causa primária de tudo, chamamos Deus.

Vamos agora fazer um exercício de relaxamento com visualizações.
Vamos então relaxar... fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes para nos harmonizar.... (dez segundos)
Vamos imaginar que estamos no topo de uma alta montanha, no finalzinho da tarde... (cinco segundos)
Ao longe vemos o mar, sob o horizonte luminoso do pôr-do-sol... Mais perto, a paisagem recortada por montanhas, rios e vales...
Aqui, no alto da montanha, podemos sentir a grandiosa paz das alturas, as carícias da brisa ao longo do corpo e a presença grandiosa da natureza. (cinco segundos)
No alto, algumas estrelas começam a pontilhar o céu como se estivessem dizendo: “Paz na Terra às pessoas de boa vontade”. (cinco segundos)
E aqui neste lugar, ante o altar da natureza, vamos erguer nosso pensamento a Deus, numa oração: “Pai de toda a vida, criador de tudo que há, envolve o nosso planeta Terra em vibrações de amor e de paz, em toda a sua extensão. Abençoa a natureza... na água, na terra e no ar. Abençoa o ser humano, ajuda todas as pessoas a se tornarem mais fraternas, mais pacíficas e mais justas. Ampara aqueles que estão sofrendo e infunde em seus corações a esperança e a confiança. Abençoa a todos nós que aqui nos encontramos e também os nossos familiares. Finalmente te agradecemos por tudo, porque tudo em nossas vidas representa lições para o nosso crescimento interior. Assim seja.”