Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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sábado, 18 de junho de 2016

AS ESTÁTUAS DE PEDRA - CONTO


No livro A Missão Virtual, há um episódio muito interessante que vale a pena contar a vocês.
Trata-se de uma aventura no mundo virtual, vivida por três crianças: Gilberto, Teca e Serginho.
Em certo momento da aventura, caminhando numa região montanhosa, acompanhados por Seu Timón e pelo gorila Migão, eles chegam à entrada de uma caverna encravada nas paredes de um “canyon”. Seu Timón entra, e os outros seguem atrás. Andam um pouco e chegam diante de uma parede com uma porta fechada. Em cima, há uma placa onde se lê: FAÇA UMA BOA AÇÃO E RECEBA UMA GRANDE RECOMPENSA.
Teca coça a ponta do nariz.
– Que esquisito! – exclama. – Se alguém faz uma boa ação para receber uma recompensa...
– Já não é uma boa ação – completa Gilberto.
Seu Timón abre a porta e entram numa sala que mais parece uma loja. Nas paredes há várias prateleiras com objetos ainda dentro das embalagens originais: inúmeros tipos de brinquedos, roupas exóticas, eletrodomésticos, jóias... Os olhos das crianças brilham ao olhá-los. De repente Gilberto exclama:
– Olha aqui, Serginho! ... É aquele acampamento apache que a gente morre de querer...
– O meu patim! – exclama Teca, segurando um belo modelo de patim nas mãos. – Eu sempre quis ter um desses.
Seu Timón observa uma pequena bolsa com uma plaquinha onde está escrito: “Bolsa mágica. Contém sete moedas de ouro. Sempre que seu dono tirar uma, surge outra igual em seu lugar”.
– Arre!!!... Quer dizer que o dono desta bolsa pode ser a pessoa mais rica do mundo – diz seu Timón para si mesmo. – É só ir tirando moedas de ouro...
Até Migão apanha um brinquedo, um boneco com cara engraçada. Nesse momento, abre-se uma porta nos fundos da sala. Os cinco olham desconfiados.
– Se a porta está aberta, acho que é para a gente passar – diz seu Timón, passando para o outro lado.
As crianças largam os brinquedos nas prateleiras e o seguem, desembocando numa gruta cheia de estátuas assustadoras. Parecem pessoas petrificadas: homens, mulheres e crianças. Teca se aproxima para olhá-las mais de perto, dá um grito e corre a abraçar-se com Gilberto, exclamando:
– Essas estátuas parecem gente!
Mas os sustos não ficam por aí. No fundo da gruta, sentado num grande trono de ouro todo cravejado de pedras preciosas, está um homem vestido como um rei, mas com ar muito triste. Tem os pulsos algemados ao trono. Ao ver os visitantes, por seus olhos passa um reflexo de esperança.
– Sejam bem-vindos – diz com entonação ansiosa. – Eu sou o rei destas montanhas.
As crianças olham-se, assustadas. Seu Timón apresenta um ar enigmático.
– Aproximem-se por favor – continua. – Não tenham medo... Não estão vendo que estou algemado?
 As crianças e seu Timón aproximam-se, e Migão vai até o trono examinar tudo com sua natural curiosidade. O Rei continua, com tristeza na voz:
– Antigamente, todos os dias eu cavalgava ao amanhecer, despertando a natureza... Tudo tinha vida e beleza. As encostas eram cheias de mata, pequenos riachos e magníficas cascatas. Havia muitos animais silvestres, muitos pássaros... tudo era alegria.
As crianças estão impressionadas. Teca, penalizada, pergunta:
– O que aconteceu?
– O gênio do mal conseguiu me prender aqui. Não posso mais acordar a natureza ao alvorecer. Vocês devem ter visto que lá fora está tudo morto.
– E não se pode fazer nada? Ninguém pode soltar o senhor? – pergunta Serginho.
– Pode sim. Qualquer pessoa pode. Se quiserem, vocês mesmo podem me libertar.
O Rei faz pequena pausa e conclui com indisfarçável ansiedade na voz.
– E podem pedir qualquer coisa como recompensa.
Os olhos de Serginho brilham, ao perguntar:
– Podemos pedir o acampamento apache”?
– Podem sim. Qualquer coisa... até mesmo aquela bolsa mágica.
– Bolsa mágica? – pergunta Teca, muito curiosa.
– É uma bolsa com sete moedas de ouro – explica o Rei. – Quando seu dono tirar uma, aparece outra no lugar.
As crianças, maravilhadas, retornam correndo à sala dos brinquedos. O rei espera, com expressão terrivelmente ansiosa, pensando: “Será que eles vão cair na armadilha?”
Na sala dos brinquedos, as crianças continuam olhando tudo para melhor poderem escolher as recompensas. Mas não estão mais tão entusiasmadas quanto antes. Gilberto externa o pensamento dos três:
– Vocês acham certo a gente pedir recompensa por uma boa ação?
Olham umas para as outras em silêncio, e suas expressões alegres vão murchando. Sem dizer palavra devolvem os brinquedos às prateleiras. Gilberto tira o boneco das mãos de Migão, dizendo com carinho, mas firmeza:
– Migão, desta vez não vai dar.
 Seu Timón sorri sob o bigode grisalho, acompanhando as crianças de volta à gruta das estátuas. Gilberto, como porta-voz do grupo, dirige-se ao Rei.
– Desculpe, seu Rei, mas nós não queremos recompensa. Basta o senhor dizer o que é preciso fazer.
Mal acaba de falar, as algemas abrem-se misteriosamente. O Rei levanta as mãos olhando para elas, quase sem acreditar em tamanha ventura. Quando se convence de que está livre, uma expressão de indizível felicidade vai se espalhando por seu rosto. Volta os olhos para o alto numa expressão de gratidão, enquanto duas grossas lágrimas rolam dos seus olhos.
– Até que enfim!!!... Até que enfim, meu Deus!! – exclama. – Eu estou livre... livre!
As crianças estão mais do que espantadas, e seu Timón sorri abertamente. O Rei levanta-se e desce daquele trono-prisão, movimentando os braços para fazer retornar a circulação. Aproxima-se das crianças, ajoelha-se diante delas dizendo, com lágrimas nos olhos e na voz:
– Obrigado. Muito obrigado. Vocês salvaram mais do que a minha vida. Vocês me deram a liberdade.
– Mas nós não fizemos nada! – exclamam os três ao mesmo tempo.
O Rei, profundamente emocionado, explica com a voz embargada pelos soluços que procura conter:
– Para eu ficar livre, era preciso aparecer alguém grande o bastante para não aceitar recompensa pela boa ação.
Serginho, sem entender bem o sentido daquelas palavras, replica:
– Mas nós não somos grandes... somos crianças.
Seu Timón não consegue conter o riso, que soa estranhamente naquela cena repleta de emoção. O Rei olha para ele, levanta-se e vai abraçá-lo, exclamando:
– Como são inocentes essas crianças! Tão dignas e tão nobres...
 Apontando o dedo para as estátuas, continua:
– Estão vendo? Todas elas são pessoas que aceitaram recompensa para me libertar e foram transformadas em pedra.
Um frêmito de horror perpassa pelo grupo. As crianças, assustadíssimas, ficam algum tempo olhando para aquelas pessoas transformadas em pedra, pensando que naquele momento elas próprias poderiam estar assim. Só seu Timón permanece sorridente, como se já conhecesse aquele enredo. Finalmente, Gilberto, recuperando-se um pouco do susto, pergunta:
– Quer dizer que, se a gente tivesse aceitado recompensa para libertar o senhor... agora...
– Agora vocês estariam ali, transformados em pedra – completa o Rei.

O facilitador deve socializar a conversa, lembrando que essa história é imaginária, mas mostra como agem pessoas de bom caráter e com boa formação moral. São pessoas que respeitam a si mesmas.

Agora vamos fazer um exercício de relaxamento com visualizações.
Vamos, então, fechar os olhos e respirar fundo algumas vezes para relaxar... (dez segundos)
Vamos imaginar que estamos numa praia deserta, à beira-mar... (cinco segundos)
As ondas vêm quebrando suavemente na areia, molhando nossos pés... (cinco segundos)
Inspiremos calma e profundamente, procurando sentir a energia do mar entrando em nossos pulmões e espalhando-se pelo nosso corpo... (cinco segundos)
À nossa frente temos a imensidão do mar, e acima de nós o céu muito azul... (três segundos)
Vamos aproveitar este contato com a natureza, este momento de calma, para elevar nosso pensamento a Deus. Eu vou fazer uma prece e vocês acompanham, só no pensamento:
“Pai nosso que estás em todo o universo, ajuda-nos a santificar o teu nome através dos nossos pensamentos, palavras, sentimentos e ações. Venha a nós o teu reino. Seja feita a tua vontade, aqui e em toda parte. O pão de cada dia dá-nos hoje e todo dia. Perdoa nossas faltas, assim como perdoamos nossos ofensores. Não nos deixes cair nas tentações, e livra-nos de todo o mal. Assim seja.”