Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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sábado, 18 de junho de 2016

AMAR E PERDOAR - CONTO


Vocês se lembram da história da Mariazinha e do seu sonho sobre o planeta Hipotálus? Lembram que os cientistas de lá haviam concluído que não existia Deus, ou seja, um ser superior responsável pelas leis universais e pelo comando do universo? Com isso, o acaso tomou conta de tudo, e a confusão foi tamanha que o planeta acabou explodindo.
Pois bem, depois que Hipotálus explodiu, Mariazinha sentiu-se espalhada ao longo da órbita daquele planeta. Foi aí que ela apelou para Deus, o Ser Supremo, recebendo a ajuda de que precisava.

Mariazinha tinha ficado muito impressionada com aquele sonho e resolveu saber mais sobre a questão da religiosidade, da fé. Foi então procurar na biblioteca do pai alguns livros sobre Deus e achou a Bíblia. Folheou daqui e dali e sentiu-se interessada pela história de Jesus.
Mariazinha gostava muito de ler, porque sentia como se estivesse participando das histórias que lia. Assim, lendo a história de Jesus, era como se ela estivesse lá, percorrendo os caminhos da Galiléia com ele e seus discípulos, andando à beira do mar, ou sentada a seus pés quando ele subia ao alto do monte para falar à multidão de pessoas que acorriam para escutá-lo.
Era confortador ouvir Jesus quando ele dizia que Deus é como um pai que acode seus filhos na hora da aflição. Mas achou meio estranho quando ele disse que o maior dos mandamentos é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
– É aí que mora a dificuldade, pensou Mariazinha. – Se temos de amar o próximo, ou seja, todas as pessoas... então precisamos amar também a nossos inimigos.
Preocupada, foi procurar o pai, seu Geraldo, a quem explicou suas dúvidas e perguntou:
– Acha que é possível olhar para um inimigo e sentir amor por ele?
– Bem, minha filha – respondeu-lhe o pai – acredito que Jesus não quis dizer exatamente amar um inimigo, porque isto é impossível, é contrário à nossa natureza humana. Quando pensamos num amigo, nosso coração se abre, feliz, com essa lembrança, mas, quando pensamos num inimigo, nosso coração não pode se abrir assim, porque se trata de alguém em quem não podemos confiar. Eu acredito que Jesus quis dizer que não devemos odiar nossos inimigos, mas sim perdoá-los e desejar-lhes o melhor.
– Quer dizer que não devemos desejar o mal para nossos inimigos?
Seu Geraldo pensou por instantes e disse:
– Sabia que todos os ensinamentos de Jesus têm fundo científico?
– Como assim, papai? – perguntou Mariazinha, curiosa.
– Veja só que interessante. Pesquisas científicas vêm comprovando que sentir ódio e rancor faz mal à saúde, mas que o perdão e o amor fazem muito bem ao nosso organismo; fortalecem o sistema imunológico.
Mariazinha saiu pensativa. Estava começando a achar muito interessantes todas essas questões.
Procurou um livro que falasse sobre o perdão e, ao abri-lo, foi logo lendo: “Há dois mil anos o que regia os comportamentos das pessoas era o “olho por olho, dente por dente”, ou seja, o mal que alguém fizesse lhe era cobrado na mesma medida e da mesma forma.
Isto muitas vezes criava uma espécie de circulo vicioso da vingança. Digamos que alguém da família “A” dava uma surra em alguém da família “B”. A família “B”, então, tratava de revidar dando uma surra em alguém da família “A” e assim por diante. Ninguém levava desaforo para casa e todos achavam que perdoar uma ofensa era sinal de covardia.
Imagine como seria se nesse cenário aparecesse alguém a pregar a necessidade de se amar o próximo e perdoar todas as ofensas!
Pois foi isso que aconteceu quando chegou Jesus. Ele fazia muitos milagres, e sempre havia uma multidão de pessoas em torno dele, por onde andasse. A sua pregação era toda voltada para a necessidade do perdão, da humildade e do amor. E foi essa pregação que começou a mostrar ao ser humano o quanto são importantes esses valores na vida das pessoas e das comunidades. A partir de então, o mundo cristão começou lentamente a mudar, e hoje já existem milhões de pessoas que se esforçam para seguir aqueles ensinamentos, procurando amar as pessoas, perdoar as ofensas e livrar-se dos piores valores negativos que existem: o egoísmo, a ambição e o orgulho.”
– Que interessante, pensou Mariazinha. As pessoas deveriam conhecer melhor essa questão do perdão. O mundo seria bem melhor...

E quanto a nós? Quem de nós já consegue perdoar?
O facilitador deve incentivar respostas.

Somente o perdão consegue quebrar o círculo vicioso da vingança de que falava o livro que Mariazinha estava lendo. Só o perdão consegue dar paz.
Pensem como fica o interior de uma pessoa que está com ódio. É como se esse sentimento fervesse dentro dela, tirando-lhe até mesmo a alegria de viver.
E o pior é que isto também faz mal à saúde, como tem sido comprovado por pesquisas científicas.
Com a raiva fervendo dentro de nós, até mesmo os nossos relacionamentos podem ser prejudicados.
Já o ato de perdoar fortalece o sistema imunológico, o que é muito importante para se ter boa saúde. Além disso, alivia nosso coração, abrindo caminhos para a alegria.

E quanto a nós? Será que sentimos ódio por alguém?
Pois bem, sentindo ódio ou não, vamos fazer um exercício do perdão.
Fechemos os olhos e respiremos fundo algumas vezes para relaxar. (dez segundos)
Pensemos em algum animal ou mesmo em alguma coisa da qual gostamos muito... (cinco segundos)
Sintamos como é boa a sensação de gostar, de querer bem. (cinco segundos)
Agora pensemos numa pessoa a quem amamos muito. (cinco segundos)
Sintamos como é boa a sensação de amar alguém e de saber que também somos amados. (cinco segundos)
Agora que estamos com nossos corações cheios de amor, pensemos em alguma pessoa da qual guardamos alguma mágoa ou da qual não gostamos... (cinco segundos)
Imaginemos que estamos vendo essa pessoa aqui na nossa frente e vamos dizer-lhe, só no pensamento, mas de todo coração: “Eu perdoo você e lhe desejo tudo de bom”. (Vinte segundos)
Vamos agora abrir os olhos, e vocês vão me falar sobre essa experiência.

Quem conseguiu sentir que perdoa de coração?
O facilitador deve incentivar respostas e socializar o tema.

Muito bem, podemos abrir os olhos, mas procuremos continuar sentindo esses sentimentos tão maravilhosos que são o amor e o perdão.