Algum de vocês tem o costume de dizer nomes feios?
O facilitador
deve incentivar respostas.
Nós vamos contar o que aconteceu com Marcelo. Ele
era um menino muito inteligente e tinha bom coração, mas gostava de irritar os
outros e tinha também a mania de dizer palavrões.
Marcelo sabia que não se devem dizer palavrões, que
isto é falta de educação, mas acabava sempre soltando alguns no meio de uma
frase.
Certa noite, seu pai lhe disse:
– Meu filho, você tem uma noção muito clara do
que é certo e do que é errado. Então, por que você escolhe sempre fazer a coisa
errada?
– Ah, pai. É só brincadeira – respondeu. – Eu adoro ver os outros irritados, é tão engraçado... Mas eles sabem que
eu estou brincando. Não faço para ofender. Quanto aos palavrões, é só o meu
jeito descolado, não faço com intenção agressiva. Como o senhor mesmo disse,
sei o que é certo e errado e posso parar de fazer o errado na hora que eu
quiser.
– Cuidado, filho – respondeu o pai. – Costume de casa vai à praça. Além do mais,
devemos aproveitar sempre as oportunidades de fazer o que é certo.
– Fica tranquilo, pai – respondeu Marcelo. – Eu só quero aproveitar o meu tempo de
criança. Quando ficar adulto, eu paro.
No dia seguinte, ao voltar do colégio, para escapar
de um carro que vinha em alta velocidade, acabou tropeçando, caiu e bateu com a
cabeça. Ele não tinha se machucado muito, mas havia perdido a memória. Como não
se lembrava do caminho de casa, ficou perdido. As pessoas em volta tentaram
ajudá-lo, mas Marcelo as assustava e as ofendia, dizendo palavrões e
tratando-as de maneira jocosa. Mesmo com pena do menino, ninguém queria levar
para casa, nem mesmo por uma noite, uma criança tão desbocada e zombeteira.
Marcelo acabou dormindo na rua, triste e solitário.
No dia seguinte acordou assustado em sua própria
cama, chorando de soluçar. Tudo não havia passado de um sonho.
Seu pai, que acordou com o choro do filho, foi
vê-lo. Marcelo contou o sonho ao pai, que lhe disse:
– Filho, acho que deu para você perceber como
são importantes os costumes que adquirimos. Eles são assim como o nosso cartão
de visitas em qualquer lugar. Nós temos inteligência para escolher entre o
certo e o errado, mas devemos também compreender que é importante gravar
essas escolhas na alma para o caso de nos faltar inteligência algum dia.
A partir daquela noite, Marcelo mudou
completamente. Também pudera, não é? Depois de um pesadelo daqueles...
O facilitador
deve incentivar os presentes a se manifestarem sobre os assuntos que foram
tratados e conduzir a conversa para uma salutar troca de ideias, enfatizando a questão dos maus hábitos, que sempre acabam dando
problemas e que tornam antipáticas as pessoas que os cultivam.
Mudando
um pouco de assunto gostaria de saber quem de vocês já sentiu remorso alguma
vez?
O facilitador deve incentivar respostas.
Vocês
sabem por que a gente sente remorso?
O facilitador deve incentivar respostas.
Quem aqui já ouviu
falar em Victor Hugo ?
O facilitador deve incentivar respostas.
Victor Hugo foi um
escritor e poeta francês muito conceituado, autor dos romances “Os miseráveis”
e “O Corcunda de Notre Dame”, dentre outras obras famosas. Ele viveu na França,
no século XIX. Certa vez, disse: “Escuta tua consciência antes de agir, porque
a consciência é Deus presente no homem”.
Interessante,
não acham?
Sentimos
remorso quando transgredimos as leis de Deus, ou leis cósmicas. Como elas estão
presentes em nossa consciência, sempre que agimos em desacordo com elas,
geramos conflito entre nossas ações e nossa consciência.
Esse
conflito gera desarmonia interior e remorso, e isto pode nos levar à depressão,
ou a desenvolver outras formas de doenças conhecidas como psicossomáticas.
Essas
leis divinas, ou cósmicas, de que falamos, estão impressas na consciência do
ser humano. Tanto isto é verdade que, desde eras primitivas, as pessoas já
tinham noções de honestidade, justiça, fraternidade, respeito, etc. De onde
viriam essas noções, a não ser do próprio espírito humano, de sua consciência?
Com essas noções, os povos antigos iam estabelecendo suas leis, de acordo com a
própria cultura. É possível perceber também que essas leis evoluem, vão se
tornando mais justas e mais sábias de acordo com a própria evolução das comunidades
humanas.
O
remorso é um sentimento muito ruim. Quando sentimos remorso por alguma coisa
errada que fizemos, ficamos mal com nós mesmos. Por isso, sempre que fizermos
alguma coisa errada, que nos crie remorso, é muito importante procurar corrigir
o erro, pedir desculpas, enfim, fazer o possível para aliviar a consciência.
Quem de
vocês tem dificuldade para pedir desculpas levante a mão.
O facilitador deve socializar o tema,
lembrando que não é vergonha pedir desculpas, ou pedir perdão. Ao contrário, é
uma atitude nobre e, além disso, alivia a consciência.
Muito
bem, agora vamos fechar os olhos e fazer algumas respirações profundas para
relaxar. (dez segundos)
Vamos continuar com os olhos fechados, nos sentindo
bem relaxados.
Pensemos no nosso planeta Terra, tão lindo e tão
maternal... (cinco segundos)
Pensemos no céu azul... (três segundos), nas matas verdes... (três segundos), no mar com suas ondas afagando a areia da praia... (três segundos)
Sintamos amor pelo nosso planeta... (cinco segundos)
Vamos agora pensar na humanidade e enviar para todas
as pessoas da Terra um pensamento de paz... (cinco
segundos), de afeto... (cinco
segundos), de alegria... (cinco
segundos)
Vamos imaginar que todas as pessoas que vivem na
Terra estão recebendo agora as nossas vibrações de carinho, de paz e de
alegria. (cinco segundos)
Vamos abrindo nossos olhos, mas procurando
continuar a sentir esses sentimentos tão bons que são a paz, o carinho, a
alegria...
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