Immanuel Kant foi um filósofo alemão que viveu no
século XVIII, há muito, muito tempo. Certa vez ele disse assim: “Duas coisas me
enchem a alma de crescente admiração e respeito: o céu estrelado sobre mim e a
lei moral dentro de mim”.
Que vocês acham disso? Não é bonita essa admiração
que ele sentia pelo céu estrelado e pela lei moral que se encontrava dentro
dele?
Alguém sabe o que ele quis dizer com a idéia de a
lei moral encontrar-se dentro dele?
O facilitador
deve incentivar respostas.
Kant entendia que todas as pessoas sabem o que é
certo e errado, não porque aprenderam, mas porque a lei moral é algo que faz
parte da própria razão do ser humano. Ela está em nossa consciência.
O importante, então, é sempre agirmos de forma a
nunca fazermos o mal a quem quer que seja, nem a nós mesmos.
É verdade que muitas vezes não sabemos se estamos
agindo certo ou errado. Mas para esses casos há uma regra básica: só fazer aos
outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem. Essa regra está na base de
todas as grandes religiões.
Quem não age de acordo com essa regra está
violentando a própria consciência.
E, quanto às pessoas que fazem o mal, que roubam,
violentam, matam... será que elas não têm consciência?
O que vocês acham?
O facilitador
deve incentivar respostas.
Todo ser humano tem consciência, porém muitos a
escondem embaixo de toneladas de ganância, de ódio, de desejos de poder...
Muita gente faz coisas erradas sem se preocupar com
a consciência, mas um dia, quando menos esperam, ela começa a cobrar.
O caso do Deodato foi dessa natureza. Ele havia
assassinado o dono de um armazém para roubar sem que a polícia descobrisse.
Depois de algum tempo, conheceu uma jovem, apaixonou-se e casou-se com ela.
Teve três filhos. A vida para ele estava ótima, mas a consciência começou a
cobrar. Passou a ter pesadelos com o homem que havia matado, e a situação foi
se complicando tanto que ele sentiu que acabaria enlouquecendo.
Que fez então?
Contou tudo à esposa, procurou a polícia e se entregou,
confessou o crime. Pegou muitos anos de cadeia, mas, como tinha uma conduta
exemplar, acabou solto antes do esperado, ficou em liberdade condicional. Pois
bem, a primeira coisa que Deodato fez foi procurar a família do homem que havia
assassinado. A viúva tinha vendido o armazém, pois não sabia lidar com ele, e o
dinheiro da venda já estava no fim. Ela e os filhos iam passar muitas
necessidades. Deodato passou, então, a ajudar a família do homem que havia
assassinado. Custeou os estudos das crianças; passou a fazer as compras de
supermercado para a viúva e assim, depois de muitos anos de lutas para manter
as duas famílias, a dele e a da sua vítima, finalmente, quando todos já estavam
bem encaminhados na vida, Deodato se deu por satisfeito. Chamou a esposa e
disse: “Agora já posso dormir em
paz. Minha consciência me deixou tranquilo”.
O que vocês acham dessa atitude do Deodato?
O facilitador
deve incentivar respostas e socializar o tema.
Há uma lei universal conhecida como lei de causa e
efeito. Todo efeito sempre tem uma causa.
Baseados nessa lei, os grandes mestres da humanidade
e os fundadores das grandes religiões da Terra ensinaram aquela regra de que já
falamos: “Só fazer aos outros o que quisermos que os outros nos façam”.
Vejam só que coisa mais simples, não é?
Quando a humanidade obedecer a essa lei tão simples,
não haverá miséria, nem tanta coisa ruim que a gente vê todos os dias
acontecendo por aí.
Mas, quando pensamos em só fazer aos outros o que
gostaríamos que eles nos fizessem, é necessário imaginarmos que estamos no
lugar deles.
Digamos que você gosta de fazer pouco caso do seu
coleguinha, porque ele é muito pobre, não tem um celular e nunca jogou “video
game”.
Então, antes de fazer pouco caso dele, imagine que o
pobre é você; que seu pai foi embora e sua mãe trabalha muito para sustentar a
família; que o dinheiro é tão pouco que só dá, mal e mal, para comprar comida e
pagar o aluguel da casinha onde você mora.
Pense nas muitas dificuldades que precisa enfrentar
para poder estudar e que, logo, logo, vai ter que trabalhar vendendo bombom nas
ruas para ajudar a mãe...
Assim, se você se colocar no lugar do outro, vai
procurar ajudá-lo, em vez de criticá-lo ou maltratá-lo, não é verdade?
Vamos fazer um exercício?
Vamos, então, fechar os olhos e respirar fundo
algumas vezes para relaxar. (dez
segundos)
Agora cada um vai pensar numa pessoa de quem faz
pouco caso. (dez segundos)
Agora vai pensar como seria se estivesse no lugar
dessa pessoa. (trinta segundos)
O facilitador
deve socializar o tema, perguntando a cada um o que sentiu ao se colocar no
lugar da pessoa da qual faz pouco caso.
E por
falar em causa e efeito, aí vai uma pergunta importante: por que vêm
acontecendo tantas catástrofes como se tem visto nos últimos anos, tais como
enchentes devastadoras, furacões, etc.?
A
resposta é simples. Trata-se do retorno dos atos do próprio ser humano. Movido
pela ambição, vem ele poluindo o ar com a fumaça das queimadas, das fábricas,
dos veículos motorizados, etc. gerando o efeito estufa, e esse efeito vem
mudando o clima na Terra, provocando catástrofes.
Outra
pergunta: por que a água potável em nosso planeta está começando a escassear?
Também
é por culpa do próprio ser humano, que vem devastando as florestas, não
respeitando nem mesmo as nascentes de água e as margens dos rios. Além disso,
polui os rios e até mesmo o próprio mar, provocando a diminuição das populações
de peixes, que lhe dão alimento.
Como se
não fosse o bastante, o ser humano vai deixando seu lixo por onde passa. Sacos
plásticos que são largados nas praias ou atirados nos rios vão para o mar, onde
são confundidos com alimento e engolidos por tartarugas marinhas e outros
animais, que chegam a morrer por causa disso.
Como
podemos perceber, é muito importante só largarmos o lixo onde venha a ser
devidamente recolhido e, sempre que possível, apoiar e incentivar a coleta
seletiva, mediante a qual grande parte desses resíduos que tanto danificam a
natureza possa ser devidamente aproveitada.
Se
queremos um mundo melhor, precisamos nos esforçar, fazendo o que for possível.
Vamos
agora fazer uma relação de ações que podem ser praticadas por qualquer pessoa,
adulta ou criança, para proteger a natureza.
O facilitador deve socializar a conversa,
incentivando os presentes a citarem tais ações e atitudes.
Vamos agora fechar os olhos e respirar
algumas vezes, calma e profundamente, para relaxar. (dez segundos)
Continuem com os olhos fechados até eu
dizer que podem abri-los. Assim, vocês poderão concentrar-se melhor.
Cada um de vocês vai pensar agora em si
mesmo com muito carinho... (três
segundos)
Imagine seu corpo todo envolvido numa luz
branda, cheia de paz... (cinco segundos)
Eu vou fazer uma prece, e vocês vão
acompanhar, só no pensamento:
“Senhor da Vida, criador de tudo que há,
pedimos que envolva o nosso planeta Terra em vibrações de amor e de paz.
Abençoa a natureza... na água, na terra e no ar. Abençoa o ser humano, ajudando
todas as pessoas a se tornarem mais fraternas, mais pacíficas e mais justas.
Ampara aqueles que estão sofrendo e dá-lhes esperança e confiança. Abençoa a
todos nós que aqui nos encontramos e também as nossas famílias. Finalmente
agradecemos por tudo, porque tudo em nossas vidas representa lições para a
nossa evolução. Assim seja.”