Você convive com CRIANÇAS?

Filhos, netos, sobrinhos, filhos de amigos... alunos... Já pensou em suprir junto a eles a grande lacuna na educação brasileira, ensinando-lhes valores como ética, integridade, respeito, honestidade, não violência, etc.?

Então, este blog foi feito para você.


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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

COMPAIXÃO - Primeira parte

COMPAIXÃO - Primeira parte 

(PARA SER LIDO PELO FACILITADOR, interagindo com os presentes, conforme orientações em itálico.)

OBSERVAÇÃO ao Facilitador: a leitura deve ser feita com calma, e de forma a que seja bem entendida pelos presentes.

Mariazinha tinha ficado curiosa para saber mais sobre essas questões relacionadas a Deus e à religiosidade. Foi então pesquisar na Internet e encontrou uma palestra do lama budista, Padma Santem, que é uma espécie de sacerdote daquela religião.

Começou a ler o texto, encantada com o que ia encontrando. Aquele lama dizia que nós podemos praticar a compaixão através de cinco cores: azul, amarelo, vermelho, verde e branco. Dizia que a cor azul significa acolhimento. É quando olhamos para o outro e o acolhemos.
Mariazinha não entendia muito bem o sentido da palavra acolher e foi pedir à mãe que lhe explicasse.
– Acolher – respondeu a mãe – é receber bem, é procurar compreender e ter solidariedade.
A menina voltou ao texto da Internet, em que o lama dizia: “Digamos que alguém olha para uma planta que se encontra num vaso dentro da casa. Pelo olhar compassivo, em vez de observar se gosta dela ou não, pergunta como é que ela se sente sem a luz do sol, a água da chuva e sem as suas plantas amigas e companheiras.”
A garota foi correndo olhar a planta que sua mãe cultivava num vaso dentro de casa.
– Será que ela sente saudade das outras plantas? – perguntou a si mesma. – Ou será que o lama disse isso apenas como um símbolo?
A campainha tocou, e a menina foi atender. Era Joana, uma coleguinha do colégio. Aflita, Joana vinha pedir ajuda com o dever de matemática.
Mariazinha fez um muxoxo. Estava de férias e queria ficar longe dos estudos. Afinal, estudara muito durante o semestre, justamente para ficar livre nas férias.
Joana usava uma blusa azul, e Mariazinha lembrou-se do que havia dito o lama sobre as cores da compaixão, e o azul significava justamente acolhimento. Ah, agora ela entendia bem o sentido dessa palavra. Abriu a porta e convidou Joana a entrar. Iria acolhê-la, ajudando-a nas suas dificuldades com matemática.

O facilitador deve socializar o tema, enfatizando a importância de ajudarmos uns aos outros, sempre que possível, lembrando também que, ajudando agora, teremos mais possibilidades de receber ajuda, no futuro, quando necessitarmos.

Depois que Joana foi embora, Mariazinha ficou a matutar sobre a compaixão na cor azul e sentiu-se feliz por ter tido a oportunidade de praticá-la, acolhendo Joana. Isto lhe fez muito bem: ver a colega feliz e agradecida foi uma excelente recompensa para ela.
Agora estava muito interessada em ler o restante do texto sobre as cores da compaixão. Ela entendia que a compaixão realmente não tinha cores, mas assim ficava mais fácil entender e praticar.
Na primeira oportunidade voltou à Internet. O texto dizia assim: “O amarelo, um amarelo dourado, significa generosidade, riqueza, meios. Então, quando vamos ajudar alguém, além de ouvi-lo, dar-lhe um ombro amigo, também podemos eventualmente fazer mais alguma coisa. Digamos que o rio subiu e a casa de uma pessoa foi destruída. Podemos visitar esse desabrigado e dizer: você não se preocupe tanto... Isso passa. Essa é uma boa ajuda, mas com a cor amarela podemos ajudar mais, oferecendo, por exemplo, um lugar para a sua família ficar enquanto reconstroem a casa; também podemos ajudar com materiais de construção e outros meios de que possamos dispor. Essa é a compaixão na cor amarela.”
Mariazinha lembrou-se imediatamente do Nilo, um coleguinha que não poderia continuar a estudar em sua escola porque o pai estava desempregado e o dinheiro não dava para pagar as mensalidades.
– Não, eu não posso deixar que isto aconteça! – exclamou.
Pensou, pensou e foi procurar o pai contando-lhe a situação do Nilo. Seu Geraldo prometeu fazer alguma coisa para ajudar. Ele não poderia pagar o colégio para o Nilo, mas iria falar com a diretora e ver o que poderia conseguir.
No dia seguinte, enquanto aguardava o pai, Mariazinha não se aguentava de aflição para saber se tinha dado certo. Finalmente seu Geraldo chegou com a boa notícia. O colégio iria dar uma bolsa de estudos ao Nilo, até que o pai dele pudesse voltar a pagar as mensalidades. A diretora dissera que o Nilo, sendo um garoto muito estudioso e dedicado, merecia aquela chance.
Mariazinha saiu correndo para dar a boa notícia ao colega, pensando, com alegria, que havia praticado a compaixão em duas cores, na azul, acolhendo Joana e ajudando-a na sua dificuldade, e, na amarela, conseguindo uma ajuda material ao Nilo. Ela estava realmente muito feliz.
Que vocês acham de procurarmos nos lembrar do que a Mariazinha aprendeu sobre a compaixão, nas cores azul e amarela, e procurarmos praticá-la?

O facilitador deve incentivar respostas e socializar a conversa, enfatizando a importância de se fazer o bem, já que esse gesto representa verdadeira fonte de felicidade; tudo que fazemos um dia retorna a nós e, assim, fazendo o bem, o bem voltará a nós, dando-nos alegria.